Câmara aprova 30% das vagas em concursos para pretos, pardos, indígenas e quilombolas

A Câmara dos Deputados aprovou a reserva de 30% das vagas em concursos públicos federais para pretos, pardos, indígenas e quilombolas. A proposta, que agora segue para o Senado, é uma ampliação da política de cotas existente e visa trazer maior representatividade e equidade para grupos historicamente marginalizados.

Para o Sindicato dos Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais de Valparaíso de Goiás (Sindsepem/Val), a medida transcende o âmbito nacional e impacta diretamente as políticas locais de inclusão. A presidenta Olízia Matos ressaltou que a decisão é um passo significativo para reduzir as desigualdades no serviço público e fortalecer a conexão do Estado com populações diversas.

“A inclusão de pretos, pardos, indígenas e quilombolas nos concursos públicos é uma conquista que reflete a luta por um país mais inclusivo. Essa política amplia horizontes para aqueles que historicamente tiveram menos oportunidades e nos lembra que o serviço público deve ser um reflexo da sociedade que ele atende.”

Uma perspectiva local: como Valparaíso de Goiás é afetado?

Olízia Matos destacou que a reserva de vagas também serve como exemplo para os concursos municipais. Em Valparaíso de Goiás, muitas famílias de quilombolas e indígenas residem em áreas próximas e enfrentam dificuldades semelhantes às observadas em outras partes do Brasil.

Segundo a presidenta, “Nosso município também precisa avançar na inclusão. Muitas vezes, servidores locais de origem quilombola ou indígena não têm acesso a políticas específicas de apoio. Com essa iniciativa federal, esperamos abrir diálogo para implementar ações mais robustas em Valparaíso.”

Impacto no serviço público federal

A proposta prevê a aplicação da reserva de vagas cumulativamente a outras políticas afirmativas, como as cotas para pessoas com deficiência. Documentos e validações específicas garantirão o direcionamento correto das vagas.

Por fim, Olízia Matos reforçou o compromisso do Sindsepem/Val em acompanhar e fomentar discussões: “Não basta a aprovação; precisamos garantir que as mudanças cheguem a todos.”

 

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