Escola Municipal Araruama está funcionando com estrutura precarizada

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A professora Ana Cristina, da Escola Municipal Araruama, localizada no bairro Parque Araruama, em Valparaíso de Goiás, denuncia as más condições das instalações internas da unidade escolar.

A direção do SINDSEPEM/VAL esteve no local em dezembro de 2021 e comprovou  a veracidade das informações, que foram registradas em vídeo. A professora aproveitou a presença dos membros do sindicato e expôs uma outra problemática  que afeta sobretudo os alunos e alunas, a escassez de merenda: “a gente sente que as crianças vem sem se alimentar de casa, alguns vem de longe. O lanche quando mandam, mandam um biscoito mas não mandam o restante da composição(alimentar). A nossa cozinha está sem funcionar”, apontou a educadora na ocasião, demonstrando as deficiências da atual gestão do município e o descuido com a educação pública.

Confira abaixo o vídeo do relato da professora Ana Cristina.


Professora Ana Cristina denuncia estrutura precária da Escola Araruama( Vídeo: SINDSEPEM/VAL)


Entre os diversos problemas encontrados na escola estão: ralo aberto, vaso sanitário sem tampa, paredes sem revestimentos, porta do banheiro feminino  sem fechadura, bebedouros sem água e  com vazamento, ausência de suporte para  papel higiênico,  além da   janela de uma das salas de aula que está com os vidros quebrados, sendo necessário o improviso da professora com cartazes para tapar o espaço aberto.

A professora afirma que: “Quando vem chuva de vento a gente fica desamparado“, admitiu ela.  Ana Cristina explica também: “é quase impossível a questão da higienização e da biossegurança. A escola está sem estrutura  para os servidores e alunos”, diz ela ao apresentar os problemas da escola para o sindicato.

É importante ressaltar que, em dezembro de 2021 as escolas do município estavam funcionando com horários especiais(aulas remotas) devido o cenário de pandemia causado pelo coronavírus. Nesse sentido, a professora afirmou que a escola não oferecia estrutura “ para os alunos que estão tendo aula de reforço”, denuncia ela.

sindicato retornou em meados de fevereiro deste ano ( 2022) na unidade escolar e certificou que o estado físico da escola não sofreu alterações, e também não recebeu  investimentos de recursos públicos para a melhoria do  interior da escola. Ou seja,  permanece da mesma forma. O entendimento do sindicato é de que para se ter uma educação pública de qualidade, o município tem o dever de investir na estrutura das escolas, proporcionando a toda  comunidade escolar um ambiente adequado, acolhedor, saudável, acessível e inclusivo.

O presidente do sindicato, Marcilon Duarte, chamou a atenção para um tema extremamente importante e bastante discutido atualmente na sociedade, a acessibilidade. “É um absurdo que escola esteja funcionando dessa forma. A acessibilidade é algo que não existe nesta escola, ela não está preparada para receber alunos e alunas com deficiência”, ressaltou Duarte com indignação.

Além disso, os dispensers de álcool em gel  encontravam-se vazios no dia da visita do presidente do SINDSEPEM/VAL, Marcilon Duarte, juntamente com Rollf Naftúlio, segundo suplente da entidade sindical, no final de fevereiro. Isto é, as medidas de prevenção contra o coronavírus não estão sendo seguidas pela unidade de ensino como recomenda os órgãos de saúde.

Construção da nova sede da Escola Municipal Araruama

Em 07 de dezembro de 2021, o SINDSEPEM/VAL por meio do ofício número 278/2021 solicitou a Secretaria Municipal de Educação (SME) informações acerca da nova sede, bem como o calendário das etapas de construção do novo prédio. Em resposta ao SINDSEPEM/VAL, a pasta  disse apenas que: “a escola receberá uma nova sede  e uma quadra poliesportiva com cobertura. O projeto  e demais detalhamentos foram encaminhados à divisão de licitação da prefeitura deste município”. 

 O SINDSEPEM/VAL informa  ainda que a  SME não respondeu aos questionamentos da entidade em relação ao calendário das obras.

Foto Destaque: professora Ana Cristina denuncia estrutura precária da Escola Municipal Araruama. (Foto: Gilvanete Costa/SINDSEPEM/VAL)

por: Gilvanete Costa/SINDSEPEM/VAL, é tempo de resistir!

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