SEM RESPOSTA, SINDICATO PRESSIONA PREFEITURA DE VALPARAÍSO POR VALORIZAÇÃO REAL NA SAÚDE E EDUCAÇÃO
Após sucessivas tentativas de negociação ignoradas, Sindsepem/Val cobra correções salariais urgentes e respeito aos direitos das categorias profissionais

Três ofícios protocolados, um histórico de reivindicações legítimas, mas até agora nenhuma resposta concreta da gestão municipal. Essa é a situação enfrentada pelo Sindicato dos Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais de Valparaíso de Goiás (Sindsepem/Val), que vem cobrando o cumprimento de pisos salariais, correções em tabelas de vencimentos e a retomada de negociações com as secretarias de Saúde e Educação.
No documento de nº 053/2025, enviado ao prefeito Marcus Vinícius Mendes Ferreira, o sindicato cobra a imediata implantação dos pisos salariais nacionais como vencimentos básicos iniciais para os profissionais da saúde, retorno dos percentuais de progressões aos originalmente estabelecidos e a garantia de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Sem retorno oficial, o sindicato deixou claro que poderá recorrer a outras prerrogativas constitucionais para garantir os direitos dos trabalhadores.
Já no ofício nº 054/2025, destinado à secretária de Saúde Luciana Caixeta Mendes, o tom é igualmente contundente. A entidade reafirma o alto nível de insatisfação da categoria e denuncia os retrocessos causados pela Lei nº 1.650/2022, que achatou a tabela salarial da saúde. A ausência de negociação direta é vista como descaso diante de uma pauta urgente e amplamente respaldada pela legislação.
Na educação, o cenário não é diferente. No requerimento nº 019/2025, a presidenta do Sindsepem/Val, Olízia Alves de Matos Silva, exige da secretária Maria Rita Ribeiro Guedes Frazão a correção da tabela de vencimentos do magistério, que deixou de respeitar a diferença de 32% entre os níveis médio e superior, conforme estipulado pela Lei Complementar nº 88/2015. “A diferença que existia foi apagada com o tempo. É um retrocesso inadmissível para uma categoria que deveria ser referência de valorização”, afirmou Olízia.
Essa pressão vem em um contexto em que a Prefeitura já foi alertada diversas vezes sobre falhas em projetos de lei, como o caso do PL Complementar nº 18/2025, que excluiu orientadores e supervisores do reajuste do piso do magistério. Apesar das promessas de correção, nenhuma medida efetiva foi tomada, acendendo um alerta sobre a real intenção da gestão em atender as categorias.
Em reuniões recentes, o prefeito chegou a prometer respostas até o dia 21 de março, o que, segundo o sindicato, não se concretizou de forma satisfatória. A Secretaria de Administração, por sua vez, segue em silêncio diante das demandas dos servidores da carreira de gestão pública.
“Não aceitaremos mais promessas vazias. Os profissionais da saúde e da educação merecem respeito, valorização e salários condizentes com suas responsabilidades. Se a gestão municipal não agir, o sindicato irá intensificar suas mobilizações e usar todos os caminhos legais disponíveis”, finalizou Olízia Matos.
O Sindsepem/Val reforça o chamado à categoria para manter a vigilância, participar ativamente das mobilizações e seguir fortalecendo a luta por condições dignas de trabalho e reconhecimento profissional.